Barba e Bigode.
zé geraldo
A 5ª Turma do TST entendeu que a exigência de uma
empresa baiana de que seus empregados mantivessem
barba e bigode aparados não gera
dano moral coletivo porque não afeta a
dignidade da pessoa do trabalhador. O estudo da barba chama-se
pogonologia. Barba é um conjunto de pelos que nasce no queixo, faces e parte frontal do pescoço masculino. O apreço à barba varia conforme a cultura e a época de um povo. Os povos que a adotam atribuem aos homens barbados
sabedoria,
potência sexual e
status, mas pode ser símbolo de falta de higiene, excentricidade ou refinamento cultural. Algumas religiões, como o
islamismo e o
judaísmo ortodoxo consideram imprescindível o uso da barba. Modernamente, o uso de cabelos e barba compridos começou com os
hippies, no início do século XX,como forma de contestar o padrão estético da época. Segundo historiadores e estudiosos de Linguística, o termo
bigode provém do alemão
bei got!, "por Deus!". O caso chegou até o TST por meio de uma
Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia. O
regulamento de empresa da sociedade empresária Nordeste Segurança e Transporte de Valores não permite o uso de barba e bigodes grandes. O MPT baiano entendeu que a restrição impunha um
padrão estético discriminatório que configurava dano moral coletivo. O TST entendeu de modo diverso. Andou bem. O ministro
Eros Grau(foto abaixo), do STF, respirou aliviado.
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1. O autor é Juiz do Trabalho no Rio de Janeiro (7ª Turma). Tem cabelos curtos, não usa barba nem bigode porque,segundo as mulheres, “pinicam”...
2.Ilustração:http://www.contaoutra.com.br/images/coisas/cabeludo.jpg
3.Eros Grau: http://juizfelipe.files.wordpress.com/2009/06/eros-grau-stf.jpg
4.Fonte:Boletim Eletrônico do TST de 18/3/2010(Recurso de Revista nº RR-115700-62.2004.5.05.0020, 4ª Turma).
5.E-mail do autor: ze@predialnet.com.br
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