quinta-feira, 18 de março de 2010




Barba e Bigode.
zé geraldo



A 5ª Turma do TST entendeu que a exigência de uma empresa baiana de que seus empregados mantivessem barba e bigode aparados não gera dano moral coletivo porque não afeta a dignidade da pessoa do trabalhador. O estudo da barba chama-se pogonologia. Barba é um conjunto de pelos que nasce no queixo, faces e parte frontal do pescoço masculino. O apreço à barba varia conforme a cultura e a época de um povo. Os povos que a adotam atribuem aos homens barbados sabedoria, potência sexual e status, mas pode ser símbolo de falta de higiene, excentricidade ou refinamento cultural. Algumas religiões, como o islamismo e o judaísmo ortodoxo consideram imprescindível o uso da barba. Modernamente, o uso de cabelos e barba compridos começou com os hippies, no início do século XX,como forma de contestar o padrão estético da época. Segundo historiadores e estudiosos de Linguística, o termo bigode provém do alemão bei got!, "por Deus!". O caso chegou até o TST por meio de uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia. O regulamento de empresa da sociedade empresária Nordeste Segurança e Transporte de Valores não permite o uso de barba e bigodes grandes. O MPT baiano entendeu que a restrição impunha um padrão estético discriminatório que configurava dano moral coletivo. O TST entendeu de modo diverso. Andou bem. O ministro Eros Grau(foto abaixo), do STF, respirou aliviado.
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1. O autor  é Juiz do Trabalho no Rio de Janeiro (7ª Turma). Tem cabelos curtos, não usa barba nem bigode porque,segundo as mulheres, “pinicam”...
2.Ilustração:http://www.contaoutra.com.br/images/coisas/cabeludo.jpg
3.Eros Grau: http://juizfelipe.files.wordpress.com/2009/06/eros-grau-stf.jpg
4.Fonte:Boletim Eletrônico do TST de 18/3/2010(Recurso de Revista nº RR-115700-62.2004.5.05.0020, 4ª Turma).
5.E-mail do autor: ze@predialnet.com.br

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